Principais tendências no setor de cosméticos em 2016
Com base em nossas diversas pesquisas de mercado no segmento de cosméticos, selecionamos algumas das principais tendências do setor de cosméticos que são observadas no início de 2016.
1. A ascensão do consumismo e a expressão do individualismo
A indústria da beleza projeta um novo aumento no consumismo e na expressão do individualismo. As necessidades específicas de consumidores são atendidas por ofertantes que oferecem soluções personalizadas e produtos feitos sob medida.
Rotinas de beleza mais individualizadas se tornam possíveis com aplicativos (apps) como o Beautiful Me – que verifica o tom e subtom de pele do usuário usando 500 fotos do Facebook e faz recomendações sobre produtos de maquiagem adequados.
2. O “natural” entra na moda
Ele definitivamente entrou na moda! Consumidores mais “antenados” acreditam cada vez mais que o natural também pode ser bonito e eficaz. Esses consumidores prestam atenção aos rótulos e tendem a querer produtos que excluem ingredientes potencialmente nocivos. Seguindo essa tendência, empresas ofertantes têm, cada vez mais, reformulado seus produtos com uma maior proporção de ingredientes verdadeiramente naturais, segundo o nosso estudo Natural Personal Care Global Series. Além disso, algumas marcas incluem o conceito “farm-to-face” (em tradução livre “da fazenda para o corpo/a face”) em suas práticas, como visto em marcas de cuidados para a pele como Tata Harper, que tem como fonte de todos os seus ingredientes uma fazenda em Vermont, e a NUDE, que inclui super alimentos naturais em suas formulações.
3. Asseio masculino
Nosso relatório Cosmetics & Toiletries USA verificou que as vendas de produtos masculinos de cuidados para a pele registraram um aumento de 8,6% em 2014, e não há sinais de diminuição em 2015. De acordo com fontes secundárias, pesquisas do Google para estilos dos homens ultrapassaram pesquisas para estilos das mulheres em 6% em 2015, com “rabo de cavalo masculino” sendo a consulta número 1. Isso indica que os homens estão cada vez mais conscientes a respeito de sua aparência e de como se sentem – mas os produtos para barbear e gel de cabelo vão sofrer com isso nos próximos anos?
4. Varejo de beleza e tecnologia
Há uma tendência no varejo para preencher a lacuna entre beleza e tecnologia. Nesta era digital, beleza e tecnologia se unem para trazer comodidade e facilidade. Os consumidores podem fazer compras a qualquer hora, em qualquer lugar, e usar seus telefones para procurar produtos, ler opiniões e ingredientes e comparar preços e a disponibilidade dos produtos. O relatório da Kline sobre Beauty Retailing through the Internet: U.S. Channel Analysis and Opportunities investiga esse tema, do papel da Internet e da tecnologia digital na indústria da beleza.
5. Varejistas asiáticos em direção ao oeste
A Ásia continua a ser um tema de discussão em várias esferas. Consumidores asiáticos levam a sério seus cuidados com a pele e maquiagem. Temos visto um aumento em produtos de cuidados com a pele que promovem uma “pele úmida e bonita”, assim como produtos inovadores e com variados benefícios, que são usados para várias finalidades. Além disso, empresas asiáticas independentes continuam a aparecer em manchetes no Ocidente. Em 2015, vimos a aquisição da e-tailer Luxola, sediada em Cingapura, pela Sephora, assim como a abertura da primeira loja física da Peach & Lily em uma Macy’s nos Estados Unidos.
6. Inovação impulsiona a indústria de beleza e cuidados pessoais
Neste mundo de competição intensa, fornecedores e varejistas terão que inovar constantemente para acompanhar a evolução das necessidades dos consumidores.
A inovação será impulsionada por:
Marcas pequenas, de nicho, independentes, que são pioneiras no campo, oferecendo produtos, embalagem e comercialização inovadores, que chamam a atenção da nova geração.
Principais varejistas, que criam táticas de engajamento, oferecendo dicas e conselhos para ajudar os consumidores a fazer a escolha certa para os seus produtos.
Dispositivos de beleza para uso em casa, que permitem aos consumidores atenderem preocupações específicas de forma rentável e conveniente.
Elaine Gerchon é Gerente de Projetos da Factor-Kline
Fonte: Kline & Co