Oportunidades no Mercado de Óleos Rerrefinados
Desde a recessão de 2008, tanto a oferta quanto a demanda global de matérias-primas para lubrificantes têm seguido caminhos divergentes. O crescimento da demanda, que já tinha atingido níveis de recuperação superiores aos anteriores à recessão, estagnou. Por outro lado, o crescimento da oferta continua. Toda nova capacidade que chega ao mercado é composta principalmente por matérias-primas de alto desempenho dos Grupos II, III e IV. Como resultado, o mercado global de matérias-primas tornou-se um mercado favorável aos compradores. Os blenders de lubrificantes, especialmente os independentes, podem escolher os fornecedores de matéria-prima e os produtos que atendam melhor às suas necessidades comerciais (reduzindo assim os custos com blending e a complexidade da cadeia de fornecimento, melhorando o desempenho dos produtos e outros objetivos semelhantes).
Neste cenário, as matérias-primas rerrefinadas ocupam um nicho interessante. Entre 2007 e 2017, a produção dessas matérias-primas apresentou um crescimento anual de mais de 10%. O fornecimento de matérias-primas rerrefinadas de Grupo II cresceu a uma taxa anual de mais de 60%. E agora, alguns rerrefinadores nos EUA e na Europa afirmam ser capazes de produzir matérias-primas enquadradas na especificação de Grupo III.
A regulamentação sobre a coleta e rerrefino de óleo usado e sobre as melhorias na qualidade das matérias-primas rerrefinadas ajudou esse segmento a crescer, mas agora já não ajuda além disso. Em um ambiente de muita disponibilidade de matérias-primas de alto desempenho dos Grupos II/III, os blenders de lubrificantes não têm qualquer motivação para escolher as matérias-primas rerrefinadas. Na verdade, a julgar pela forma como algumas marcas de lubrificantes que se utilizam de matérias-primas rerrefinadas em seus blends se saíram no mercado, parece que os consumidores não se deixaram influenciar pelo conceito.
No entanto, nem tudo está perdido. Com o crescente uso dos Grupos III/IV no blend de óleos para motores automotivos e com as melhorias na infraestrutura de coleta, a qualidade dos óleos usados coletados tem melhorado. Rerrefinadores que possuem instalações de coleta próprias ou que têm controle sobre o óleo usado coletado podem oferecer baixo custo e matérias-primas rerrefinadas de alto desempenho.
Como resultado, o rerrefino continuará a ser o alicerce da indústria. O rerrefino envolve a coleta de óleo usado de um grande fornecedor, por exemplo, uma frota comercial. O óleo usado é então rerrefinado para produzir matérias-primas rerrefinadas que são misturadas a um lubrificante acabado e então este blend rerrefinado volta a ser usado pela frota. O rerrefino ajuda as frotas na geração de valor por meio do seu óleo usado (valor que seria desperdiçado com o descarte do óleo usado) ao mesmo tempo em que reforça as políticas dessas frotas em favor da preservação do meio-ambiente. Para o rerrefinador, a variabilidade na qualidade do óleo usado que ele adquire é reduzida, assim como é reduzido o esforço requerido para vender sua matéria-prima rerrefinada. É claro que, dependendo do cenário, o rerrefino poderá ser um negócio de margens baixas para o rerrefinador, mas será importante, no entanto, para melhorar a utilização da planta de rerrefino.
O crescimento de empresas de compartilhamento de caronas e dos veículos autônomos (a longo prazo) propiciarão um crescimento das frotas no segmento de automóveis de passageiros. Estes podem se tornar futuros clientes do rerrefino, que hoje é usado principalmente pelo segmento das frotas comerciais. A fim de atender a essas frotas de carros de passageiros, os rerrefinadores precisam continuar melhorando sua tecnologia para poderem fornecer as matérias-primas de alto desempenho, enquadradas no Grupo III de qualidade.
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Fonte: Kline & Co