Espera-se uma recuperação modesta no mercado de lubrificantes acabados na América Latina e Caribe
O mercado de lubrificantes acabados na América Latina e Caribe, foi negativamente afetado por turbulências externas e internas, levando a uma severa crise econômica regional de 2014 a 2016.
A região entrou em um novo ciclo pós-recessão em 2017 devido à reativação da produção de commodities, um dos principais drivers na economia da América Latina. A recuperação dos níveis de endividamento, preços de minerais e resultados eleitorais no Brasil e na Colômbia também são fatores que contribuíram significativamente para sustentar a dinâmica do crescimento em 2018 e, provavelmente, até 2019. Uma série de riscos que poderiam potencialmente prejudicar a recuperação do crescimento na região incluem fatores externos relacionados às tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos, volatilidade financeira global e também, fatores internos como incerteza e instabilidade política doméstica.
Em geral, o mercado de lubrificantes acabados na América Latina e no Caribe têm um crescimento previsto de cerca de 2% a.a. para os próximos cinco anos, basicamente o crescimento esperado para o PIB de região.
Esse quadro geral, no entanto, é moldado principalmente por duas grandes hegemonias regionais: Brasil e México. Os dois países exibem um crescimento mais conservador, escondendo vários mercados menores, porém dinâmicos, como o Chile, a República Dominicana, o Panamá e a Costa Rica, onde a demanda por lubrificantes está registrando um crescimento acima da média regional.
A incerteza com relação ao ritmo de recuperação da economia do Brasil, o maior mercado da América do Sul, e uma queda nos preços do petróleo que afetam os exportadores, como na Venezuela, são alguns dos fatores que impedem um maior crescimento na região. A desaceleração da economia chinesa também afetou o crescimento dos países Sul-Americanos, uma vez que desde a última década, a China se tornou um grande importador de commodities como soja, carne, metais e petróleo.
“Como os volumes globais no Brasil continuaram a diminuir durante 2016-2017, o principal desafio da indústria de lubrificantes é manter os níveis de rentabilidade, evitando a destruição de valor em busca de maiores volumes”, comenta Sharbel Luzuriaga, líder de projeto na prática de energia da Kline.
No entanto, projeta-se uma recuperação a partir de 2018 para o Brasil, particularmente impulsionando a demanda por PCMOs, que deverá crescer 2,5% por ano até 2025. Por terem uma conexão maior com os Estados Unidos, países como México, América Central, e o Caribe irão apresentar um bom crescimento. Somam-se a isso, os benefícios decorrentes dos baixos preços de óleo bruto, dado que estes países, com exceção do México, são importadores deste produto.
As principais características dos mercados de lubrificantes acabados na região incluem a demanda geral dominada pelo segmento industrial, com a agricultura, processamento de alimentos, mineração e manufatura sendo as principais indústrias de uso final. Além disso, os veículos que compõem a frota desses países, em sua maioria, não exigem lubrificantes de alta qualidade. Há pouca penetração de produtos sintéticos, bem como uma presença significativa de produtos falsificados.
As principais empresas globais ExxonMobil e Shell, são as duas principais fornecedoras de lubrificantes acabados na América Latina e no Caribe e enfrentam cada vez mais a concorrência acirrada de empresas locais/regionais como Petrobras, Iconic, MexLub, Roshfrans. (México) e YPF (Argentina), entre outros.
Espera-se que o mercado continue mudando conforme óleos de motor de melhor desempenho são desenvolvidos. Entretanto, este desenvolvimento evolui mais rapidamente em mercados maiores, como Brasil, Chile e México. Atualmente, PCMOs 15Ws, 20Ws, 25Ws e SAE40/50 correspondem a mais de 75% da demanda total de PCMO na América Latina. HDMOs 15W-40/50, dominam com mais de 50% da demanda total de HDMO na região. Enquanto isso, no segmento industrial, óleos de processo, fluidos hidráulicos e óleos para motores industriais lideram a demanda.
A demanda por lubrificantes acabados na América Latina está prevista para atingir 3,9 MT em 2020 e 4,3 MT em 2025, com o Brasil, México, Argentina e Chile liderando o caminho. O crescimento futuro na região será impulsionado por um aumento nas exportações e acordos comerciais com a América do Norte e outras regiões, como a União Europeia, bem como países do Círculo do Pacífico.
Para saber mais sobre os mercados de lubrificantes mais interessantes da região da América Latina e do Caribe, solicite nosso relatório de inteligência de mercado mais recente.
Essas descobertas e mais estão disponíveis em nosso recente relatório ”Opportunities in Lubricants: Latin America and Caribbean Market Analysis.”
Para mais informações, entre em contato com a Factor-Kline
Fonte: Kline & Co