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Biopesticidas: Mercado em Crescimento Acelerado

As proibições no uso de pesticidas, junto com uma percepção cada vez mais negativa dos produtos químicos utilizados em alimentos, então impulsionando significativamente as vendas de biopesticidas – de fato, a indústria prosperou mesmo durante a pandemia. Mas qual é a diferença entre pesticidas e biopesticidas? Pesticidas, referidos no Brasil como “agroquímicos”, são produtos químicos utilizados em plantações e na agricultura em geral no combate e controle de pragas. Apesar dessas vantagens, por serem produtos essencialmente sintéticos, pesticidas possuem efeitos tóxicos para a fauna silvestre e doméstica, além de contaminar o meio ambiente – em meio à essa problemática, surgiram os biopesticidas: produtos constituídos de organismos vivos ou por derivados desses organismos, com menos efeitos negativos para a fauna e a flora.

“Ao longo dos últimos dois anos, quando os lockdowns devido ao COVID-19 perturbaram a economia mundial, diversas indústrias foram afetadas”, diz Aneesa Moolla, Gerente de Projetos no setor de Agroquímicos da Kline. “Apesar isso, a indústria de biopesticidas manteve-se resiliente, e seu crescimento, em geral, foi positivo”.

De acordo com Moolla, as vendas ainda são mais fortes nos Estados Unidos, mas outras regiões vêm demonstrando um grande potencial de crescimento dos pesticidas naturais. A seguir, listamos algumas dessas regiões:

1) América Latina: o Brasil tornou-se pioneiro no setor agroquímico devido sua produção em alta escala. Ainda, diversos fornecedores têm investido pesadamente em insumos biológicos. O crescimento médio das empresas brasileiras de biopesticidas tem sido de cerca de 30% ao ano nos últimos dois anos, apesar da pandemia, e o país atingiu o recorde de 92 novos produtos biológicos em 2021, o maior número registrado em um ano só. E por que o Brasil tem sucedido em criar tantos produtos novos? “O tempo levado para registrar um biopesticida é muito menor no país, fator que tem ajudado a introduzir novas tecnologias no mercado”, diz Moolla.


2) Ásia: o mercado na China registrou um crescimento de dois dígitos nos últimos dois anos, crescendo 14% ao ano, e espera-se que o mercado cresça 12% anualmente nos próximos cinco anos, acumulando, em 2025, o valor estimado de 600 milhões de dólares. “O governo Chines tem impulsionado significativamente os biopesticidas”, diz Moolla. “Após tornar-se rigoroso em relação à quantidade de resíduos químicos encontrados em plantações, o governo tem oferecido incentivos fiscais aos produtores de biopesticidas – e muitas outras regulamentações de proteção ambiental deverão ser implementadas”.


3) União Europeia: a estratégia “Da Fazenda ao Garfo” é um dos fatores que mais tem incentivado o mercado de produtos biológicos na região da União Europeia, que é constituída por inúmeros países com portfolios extensos de biopesticidas. A estratégia “Da Fazenda ao Garfo” faz parte do Green Deal – o Pacto Ecológico Europeu – que procura reduzir em 50% o uso e risco gerais de pesticidas químicos na região até 2030. Os efeitos do Green Deal já podem ser observados em países como a Espanha e a Itália, nos quais as vendas de biopesticidas devem registrar uma taxa de crescimento anual composta de, respectivamente, 12% e 10%, ao longo dos próximos cinco anos. Conjuntamente, espera-se que esses dois países tenham acumulado, em 2025, 600 milhões de dólares em vendas.


4) África: embora a África esteja ficando para trás dos principais países ocidentais, o desenvolvimento de sua indústria biológica possui alto potencial em algumas regiões, especialmente ao considerarmos os altos custos da importação de pesticidas químicos. No momento, produtos de base bacteriana – em particular, aqueles com a espécie Bacillus thuringiensis como ingrediente – têm liderado o mercado de ingredientes ativos tanto na África do Sul, como em Marrocos. Espera-se que esses países cresçam em 6% e 6,4%, respectivamente, durante os próximos cinco anos.

 

Para mais informações sobre o mercado de biopesticidas, fique atento ao lançamento do relatório da Kline “Mercado Global de Biopesticidas: Uma Visão Geral dos Pesticidas Naturais”. O estudo possuirá um capítulo dedicado ao mercado no Brasil, incluindo a descrição de tecnologias, perfis das empresas, e uma análise de uso final de cada produto, juntamente com uma avaliação do mercado de biopesticidas, vendas segmentadas por tipo de plantação ou aplicação, informações sobre doenças e pestes tratadas com biopesticidas, além de vendas de inseticidas, nematicidas, fungicidas, herbicidas e produtos de tratamento de sementes biológicos. O estudo cobrirá igualmente os mercados da Argentina, Chile, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Marrocos, África do Sul, Espanha, União Europeia e Estados Unidos, e os capítulos para cada país devem começar a ser lançados em setembro.

Para mais informações sobre o relatório, acesse a brochura do estudo aqui. Caso queira saber mais sobre o mercado de biopesticidas no Brasil e na América Latina, entre em contato conosco:



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