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Declínio no Mercado de Lubrificantes da China

O mercado de lubrificantes da China está desacelerando – e a queda deve durar pela próxima década.

“Espera-se que a demanda por lubrificantes acabados caia de 6,9 milhões de toneladas em 2021 para 6,6 milhões de toneladas em 2026, e para 6,1 milhões de toneladas até 2031, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) negativa de 2,3% no decorrer desses dez anos”, diz George Morvey, Gerente de Indústria do setor de Energia da Kline. “Por segmento, espera-se que os segmentos automotivos de consumo e comerciais decaiam em CAGRs de 2,6% e 3,1%, respectivamente. O setor industrial ficará estável, registrando um CAGR de 0,4%”.

Embora declínios volumétricos como os da China não possuam precedentes específicos, diz Morvey, há fatores específicos e tendências/mudanças de mercado relacionadas a esses declínios.


Setor Automotivo de Consumo


“A penetração dos veículos elétricos movidos à bateria (BEV, do inglês Battery Electric Vehicle) e o desenvolvimento da mobilidade compartilhada irão suprimir a demanda volumétrica; por outro lado, esperamos que o mercado continue se distanciando dos óleos de motor de alta viscosidade para veículos de passageiro (PCMO, do inglês Passenger Car Motor Oil), como é o caso dos 10Ws e 15Ws para os 5Ws e 0Ws”, diz Morvey, que ressalta que a China é o maior mercado da Ásia-Pacífica, representando cerca de 40% da demanda regional de lubrificantes e 17% da demanda global. O abandono gradual dos PCMOs de alta viscosidade significa maior presença de lubrificantes sintéticos; maior penetração de produtos de categorias de serviço API mais atuais, em detrimento de produtos obsoletos; e oportunidades em oficinas franqueadas, lojas de lubrificantes rápidos e oficinas independentes.


Setor Automotivo Comercial


“Esse segmento é o mais impactado volumetricamente”, relata Morvey, e complementa dizendo que os principais fatores para o declínio nesse setor incluem a perspectiva de vendas de veículos novos, a utilização dos veículos, e a adoção de períodos mais longos de troca de óleo.

De acordo com as pesquisas da Kline, fabricantes chinesas de veículos pesados como a FAW, a Foton e a Shaanxi Auto, líderes no mercado, estão construindo veículos que podem operar de forma segura durante intervalos de troca mais longos, de 60.000 km até 100.000 km. Os fornecedores de lubrificantes apoiam esse movimento por meio da formulação de produtos, juntamente com o suporte de vendas/marketing para comunicar os benefícios aos donos/operadores dos veículos.

No segmento de agricultura fora da estrada, o governo tem focalizado e subsidiado a aquisição de tratores de porte grande para ganhar eficiência e reduzir emissões. O padrão de emissões National IV (setor fora de estrada) entrará em vigor ainda em 2022, e impactará a formulação de produtos, a demanda por grau de viscosidade, além de outros fatores relacionados à qualidade. Esses impactos, conjuntamente, devem reduzir a demanda volumétrica de lubrificantes, porém criarão novas oportunidades para os fornecedores desse tipo de produto.


Setor Industrial


“Indústria 4.0, ou manufatura inteligente, tem sido um tema importante nas indústrias de manufatura na China”, diz Morvey. Em maio de 2015, o Conselho de Estado chinês lançou o “Made in China 2025” – em português, “Feito na China 2025” – que é considerado a versão chinesa do Indústria 4.0. É o primeiro plano de estratégia de 10 anos lançado pelo governo chinês para o desenvolvimento da manufatura, visando setores industriais de alto valor para domínio global, incluindo: robótica, energia verde e veículos verdes, tecnologia de informação, equipamento aeroespacial, equipamentos ferroviários e equipamentos de energia.

A manufatura inteligente, envolvendo tecnologia de informação (IT, Information Technology) e internet das coisas (IoT, Internet of Things), utiliza equipamentos que são conectados e automatizados, integrando conectividade de sistema empresarial e recursos de big data para permitir o monitoramento de condições em tempo real, manutenção preditiva e operação otimizada. Embora essa tendência tenha impactado negativamente o consumo em volume de lubrificantes industriais, diz Morvey, ela também trouxe potencial aos lubrificantes sintéticos de qualidade, assim como serviços de valor agregado.

 

Para mais informações sobre o assunto, acesse o relatório da Kline, Global Lubricants: Market Analysis and Assessment. Esse estudo tem sido publicado de forma contínua desde 2003, e providencia uma análise compreensiva e detalhada sobre produtos de lubrificantes acabados industriais e automotivos, indústrias de uso final, classes comerciais, maiores fornecedores e tendências do mercado e os mercados e regiões líderes. O relatório cobre diversas regiões do globo, cada uma possuindo um capitulo dedicado ao seu mercado (os capítulos ainda estão sendo publicados) – dentre esses capítulos, existe um específico para o mercado de lubrificantes no Brasil.




Em outubro, a Kline apresentou o Opportunities in Lubricants: ASEAN Market Analysis, uma análise compreensiva do mercado de lubrificantes acabados da região da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) após a pandemia do COVID-19. O relatório fornece uma análise detalhada de todos os segmentos chave do mercado em nove países, com foco especial em como as tendências chave do mercado, as oportunidades e os desafios mudaram após a pandemia.



 

Para mais informações sobre os estudos e sobre o mercado global de lubrificantes, entre em contato com a Factor Kline:




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